É triste ver como as pessoas nas grandes empresas estão se enganando o tempo todo.

Depois de mais de uma década ajudando empresas a transformar seu mindset para os Métodos Ágeis, descobrimos que existe um padrão de mentiras na forma tradicional de gerenciar portfólios de projetos.

Chamamos esta forma de gestão de Castelo das Mentiras. Um grande castelo medieval, onde vivem dez personagens, cada um representando uma mentira diferente.

Alguns exemplos dos moradores do castelo são:

• Rei Jássei: ele sabe tudo o que quer antes que o projeto comece.
• Arquiteto Mede-tudo: Ele mede o trabalho criativo, que é um trabalho não linear, em horas ou dias.
• Prometeus: ele estima que levará um ano para concluir um projeto. No entanto, ele está com medo e promete entregar em um ano e meio.
• Princesa Jaquê: "já que vamos pedir isso, vamos pedir essa outra coisa também". Isso acontece quando as partes interessadas tentam tirar vantagem de uma janela de oportunidade e pedem tudo o que podem.

Entre outros personagens. O castelo que abriga essas mentiras possui quatro andares:

• 1º andar: Escopo fixo;
• 2º andar: Estimativas de custo/tempo;
• 3º andar: Estimativa de valor; e
• 4º andar: Relatório de Status.

Há três anos, quando apresentamos este castelo pela primeira vez no Scrum Gathering, as pessoas imediatamente se relacionaram com o tema, talvez por ser uma forma lúdica de discutir um assunto tenso: mentir.

Uma vez que as mentiras são apresentadas, discutimos como os Métodos Ágeis podem nos ajudar a derrubar o castelo. E é isso que você lerá neste livro.